Terremoto japão
Após o abalo de 1º de setembro de 1923, que destruiu Yokohama e metade de Tóquio, a região — que vivia um processo de remodelação urbana com tendência à construção de edifícios no estilo ocidental em alvenaria — teve de ser reconstruída. E não só os prédios foram refeitos, mas a mentalidade do povo. O professor do departamento de História da Universidade de Hong Kong, Charles Schencking, explicou que, depois do tremor de 1923, o Japão não se curvou à calamidade. Profissionais de vários ramos, como urbanistas, advogados e engenheiros, encabeçaram um movimento para a transformação de Tóquio em cidade do futuro.“Os japoneses transformaram a tragédia em oportunidade”, comentou Schenking.
Assim, os japoneses entenderam que a modernização do país deveria ser feita de acordo com as condições ambientais do país, não apenas copiando o modelo ocidental. Era preciso, então, criar uma tecnologia de construção capaz de amenizar os estragos dos abalos sísmicos e vender o know-how para povos em situações semelhantes. A tecnologia é hoje vendida, por exemplo, para as cidades costeiras da Califórnia, nos Estados Unidos. “As estruturas reforçadas e a tendência de amortecer as ondas de choque, de forma que elas não