Terras dos sem fins
RESUMO
O objetivo do presente estudo é apresentaras condições em que se encontravam os trabalhadores contratados para trabalhar na microrregião cacaueira (Ilhéus-Itabuna), em meados do século XX. Para tanto, utiliza como seu objeto de análise o romance do grapiúna Jorge Amado, Terras do Sem fim. Objetiva-se analisar aqui o referido romance, buscando-se explicar, por meio da sua narrativa, as situações pertinentes às precariedades em que se encontravam os trabalhadores rurais daquela região, demonstrando a exploração do seu trabalho, fazendo uma analogia à escravidão, expondo os contrastes sociais e econômicos entre os coronéis e agregados, que vieram para essas terras em busca de melhores condições de vida.
Palavras-chave: Trabalhadores. Exploração. Contraste Social. Escravidão. Melhores Condições de Vida.
INTRODUÇÃO
Num primeiro plano, numa análise realizada na obra do grapiúna Jorge Amado, Terras do Sem Fim, através de diversos personagens, os quais o Autor, narrara individualmente suas trajetórias, fica evidenciada a existência de diversos contrastes, que são ali representados a partir do gênero, da raça, da sua classe social, dentre outras formas de representação.
O livro Terras do sem fim, escrito em 1943, retrata as lutas dos “coronéis” pelo domínio das plantações de cacau da microrregião cacaueira da Bahia, situada nos municípios de Ilhéus e Itabuna - esta última, tratada na referida obra por Tabocas. Uma composição literária em que se relacionam latifundiários, jagunços, políticos, prostitutas, religiosos e lavradores, e os vários acontecimentos demonstram a formação cultural de um povo a partir do comportamento social de seus personagens. Tais personagens e as histórias construídas em torno da sua realidade trazem à tona questões referentes à desigualdade e à desvalorização da culturado homem do campo, protagonista de um processo histórico de