Terra e poder na antiga mesopotamia
Objetivo: Compreender e identificar as bases desse poder na ação direta das organizações palacianas e templárias sobre o solo e o controle do processo produtivo.
O texto se divide em duas partes, demonstrando sistemas de classificação e controle padronizados e formalizados, podendo ser entendido como sistemas de gerenciamento. Um deles é o sistema-ilkum, que concedia lotes de terra fértil ao servidor e o outro, sistema-biltum, ficando a terra sob o poder produtivo do palácio.
A riqueza e o poder no Oriente Próximo se originam da economia agrária e de sua articulação com a política de controle do solo e do que nele se produz. A terra é a base da hierarquia social e sua posse confere poder.
Os tipos de economia coexistem nestas sociedades; de um lado uma de prestigio, tendo como característica a desigualdade e detenção de bens, e por outro a economia de subsistência, caracterizando-se pelos meios de produção que são apropriados socialmente e direcionados apenas para o sustento, não havendo exploração econômica.
O poder político efetiva-se com a propriedade e controle da terra e sua produção. O mando tribal, segundo a teoria de Veblen (1994), está associado a uma classe ociosa e seu consumo, sendo chefes e sacerdotes os controladores do excedente produzido, que geram as distinções em relação aos produtores diretos.
O exercício do poder na Mesopotâmia não pode ser compreendido de forma homogênea, observando-se apenas as disposições da riqueza, nem explicado a partir da teoria marxista ou da economia clássica, pois abarca diversas especificidades em seu contexto.
Concluímos então que as várias fontes de mando e as várias formas de política trazem em si diversas matrizes de poder palaciano e templário. Os estudos históricos identificarão as transformações que ocorreram, utilizando-se de alternância de estratégias analíticas. Deste modo, o empirismo teórico permitirá a sua devida conceituação e