Inciciação burocrática no brasil
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A inicialização Burocrática do BrasilO modelo de administração burocrática foi introduzido no Brasil partir da segunda metade dos anos 30, na tentativa de enfrentar os problemas decorrentes da forte cultura patrimonialista dominante. O país vivia um contexto caracterizado por um modelo de desenvolvimento autóctone centrado na industrialização e um tipo de Estado com forte orientação nacionalista, centralizador e baseado no estadismo dirigista.
Um pouco antes, quando da promulgação da Constituição de 1934, segundo comenta Barbosa (1999), foram introduzidas duas inovações: o direito ao livre acesso a todos os brasileiros aos cargos públicos (Artigo 168), e o fim das discriminações de sexo e estado civil, existentes nas legislações anteriores. Luciano Martins (1995) analisa esse período, comentando as três diretrizes propostas por Maurício Nabuco, importante diplomata brasileiro, encarregado de estudar o assunto, junto com Luis Simões Lopes:
• Definição de critérios profissionais para ingresso no serviço público,
• Desenvolvimento de carreiras e,
• Estabelecimento de regras de promoção baseadas no mérito.
Dentro deste espírito, foi criado o DASP- Departamento de Administração do Serviço Público, em 1936, que assumiu as funções de implementar essas diretrizes, de supervisionar a administração pública e de formar os administradores públicos do primeiro escalão, além de fixar o orçamento nacional. Mais adiante, em 1939, foram criados os DAEs - Departamentos Administrativos dos estados (os “Daspinhos”) como projeções regionais do órgão central fazendo interessante contraponto com a figura dos “interventores”. Codato (1999) comenta: “Constituídos por uns poucos membros (no mínimo quatro, no máximo dez, dependendo do estado) nomeados diretamente pelo Presidente da República, a função desses Departamentos deveria ser a de examinar todos os projetos de decretos-lei baixados pelo interventor ou pelos prefeitos, além dos projetos de orçamento e a execução