Terceiro Setor
Ribeirão Preto
2014
Terceiro Setor no Brasil
A sociedade capitalista pode ser dividida em três esferas, sendo elas o primeiro setor tendo o Estado, o segundo setor, o mercado e o terceiro setor a sociedade civil (ONG’s, instituições filantrópicas).
Partindo da ideia de totalidade social, o “terceiro setor” surge como parte da resposta da crise do capital, no final do século XX, surgindo o tripé: neoliberalismo, reestruturação produtiva e financeirização do capital.
Seguindo a linha de pensamento de Montaño, há uma falta de rigor teórico sobre o terceiro setor que pode ser classificado em debilidades conceituai. A primeira trata o terceiro setor como um “superador” da dicotomia público/privado; um novo setor que viria dar respostas que o Estado não pode dar e o mercado não procura dar.
Ao invés de complementar as ações do Estado, vem para substituir aquelas que ele não consegue suprir, tem um caráter emergencial e provisório. Faz com que as políticas públicas não avancem, afastando o Estado de suas responsabilidades de resposta às sequelas da questão social.
A segunda debilidade é a definição de quais entidades o compõem?O conceito terceiro setor surge nos EUA em meados da década de 70 para 80, tendo ligação direta com o conceito filantrópico. Já no Brasil, o conceito foi introduzido a partir do III Encontro Ibero-Americano do Terceiro Setor, realizado em 1996, no Rio de Janeiro pelo Gife (Grupo de institutos, fundações e empresas).
Mas foi só em 1998, no IV Encontro, na Argentina, que foi definido o terceiro setor como as organizações “privadas, não governamentais, sem fins lucrativos, autogovernadas, de associação voluntária”. (Acotto e Manjzur, 2000: p.4, apud Montaño, 2008, p. 55)
A terceira debilidade é que o conceito que antes confunde do que esclarece. Como indaga Montaño ao dizer que o conceito abrange tanto organizações formais e atividades informais, voluntárias e/ou individuais;