terceiro setor
A história das associações de voluntariado no Brasil estão ligadas às origens coloniais do estado brasileiro. Os dois pilares da colonização portuguesa foram o sistema de plantação e o relacionamento próximo entre o colonianismo governamental e a igreja católica romana.
As instituições de “plantações” – a casa grande, senzala, capelas, canaviais, moinhos de açúcar, etc – eram um mundo fechado governados pelo patriarcado. Sob esse sistema, a posição social e econômica dos homens livres era dependente das relações pessoais com o seu senhorio. Esta dependência criou um sistema de clientelismo – planos verticais, alianças recíprocas dos indivíduos em troca de lealdade e servições de proteção e favores. Tal sistema não fornecer terreno fértil para o surtimento de associações autônomas de voluntários para prestação de serviços de interesse público, tais como as que surgiram nas colônias norte-americanas.
Nesse contexto, a igreja católica romana, intimamente integrada com o governo, desempenhou um papel fundamental na organização da sociedade civil. Seu papel de destaque era inconstestável e durou quatro séculos até a Proclamação da República em 1889. O catolicismo era a religião oficial do Estado.
Ao longo do século 19 a simbiose entre a Igreja Católica e o estado foi enfraquecida. O Estado adotou uma postura cada vez mais secular, e começou a assumir a prestação dos serviços públicos para a Igreja, o que ficou mais claramente institucionalizado a partiir da Constituição de 1891. Entre outras medidas, a Constituição proíbe o governo de prestar assistência financeira aos cultos religiosos. Como resultado a igreja Católica, sem apoio político fundamentado, em cooperação direta com Roma, estabeleceu novas relações com a população e instituições, que derivaram parte dos seus recursos para a criação de escolas, hospitais e instituições de caridade de todos os tipos,