Terceiro setor

GESTÃO DO TERCEIRO SETOR: UMA PRÁTICA SOCIAL?

O texto estudado avalia o momento de grandes transformações pelo qual está passando o Terceiro Setor e que segundo a visão de Falconer (2000) e Hudson (1999) é preciso legitimar as práticas gerenciais como uma prática social para melhor compreender tanto a estrutura e processos, quanto a profissionalização deste setor e atender às exigências da atual sociedade e da sua natureza, a fim de atingir os objetivos e garantir a sobrevivência. Baseado nestas ideias foi feito uma entrevista estruturada de caráter qualitativo em Belo Horizonte, com 20 gerentes (12 mulheres e 08 homens) com no mínimo 03 anos de experiência, sobre os desafios vividos no campo da gestão do Terceiro Setor. Com relação ao conceito de Terceiro Setor, devido à sua heterogeneidade, não existe um consenso sobre sua definição, porém de acordo com os resultados da pesquisa, conclui-se que é um setor composto de diversas organizações, de iniciativa privada, que não visam o lucro, mas que tem interesses sociais e públicos. Essas organizações, até a década de 90, não achavam importante a administração, contudo, com o crescimento dessa área, o aumento dos desafios e por uma questão de sobrevivência, passaram a considerá-la importante para o sucesso e reconhecem que é preciso uma concepção de gestão mais realista, flexível e integrada à realidade deste setor. Segundo Reed, as organizações devem se fundamentar nas questões teóricas e nas práticas sociais dos processos e estruturas de gestão, identificando assim três abordagens, as quais são: perspectiva técnica, política e crítica e ainda em uma quarta abordagem que é a praxeológica em que a visão sistêmica da gestão permite interação entre as ações. Esta seria a prática social evidenciada na pesquisa, cuja gestão envolve cinco variáveis distintas. A primeira delas seria o desenvolvimento das ações em conjunto, que segundo a pesquisa, os gerentes dessas organizações desenvolvem atividades