TERCEIRIZA O
O termo terceirização surgiu originalmente na linguagem gerencial se referindo à transferência de parte do processo de produção de bens e serviços internos de uma empresa para outras unidades empresariais especializadas. A empresa terceirizada (trabalhadores subcontratados) poderia atuar tanto no ambiente interno como fora da firma contratante.
Por conta disso, a terceirização logo foi associada a formas de emprego precário, pois a mão de obra era geralmente subcontratada a partir em condições e com relações de trabalho piores que as dos empregados diretamente contratados. O resultado foi a segmentação crescente do mercado de trabalho e o aparecimento de novas hierarquias entre empregados expostos aos mesmos espaços laborais e com o exercício de atividades idênticas.
Atualmente, a terceirização reflete mudanças muito mais amplas, como a globalização dos processos produtivos, a competição entre economias e a reorganização flexível da produção, em que subcontratação de empresas e trabalhadores pode ocorrer no mesmo município, no mesmo estado, no mesmo país ou em diferentes países. A centralidade na subcontratação da mão de obra nas agendas de empresas, sindicatos e do governo revela o quanto a terceirização veio para ficar e como a sua regulação por iniciativa dos trabalhadores e das políticas públicas modernizam e humanizam as condições de trabalho.
Os sinais de esgotamento do sistema de produção em massa vigente nos países ricos se tornaram cada vez mais claros a partir do final da década de 1960. Também conhecida por fordismo, a escala de produção era rígida, uma vez que cada empresa tinha de gerar praticamente todos os componentes de produção.
Em virtude disso, diversas iniciativas foram introduzidas até se consolidar o sistema flexível de produção em grande escala, capaz de permitir que cada empresa interessada passasse a transferir parcelas da produção para outras unidades empresariais. As empresas multinacionais foram portadoras para o mundo