terapia
Introdução
Uma das mais temidas consequências do diabetes de longa duração é a perda de um pé, que se agrava por dificuldade de cicatrização e infecção.(1)Mais de 120 milhões de pessoas no mundo são portadoras de diabetes mellitus e muitos destes indivíduos têm úlcera no pé, que podem levar a uma amputação de membro inferior, o que acarreta prejuízos para o paciente e sistema de saúde.(2) A diabetes mellitus é uma síndrome múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente suas funções.(4) Os pacientes diabéticos têm em torno de 15 a 40 vezes mais risco de sofrer amputações do que os não diabéticos, e aproximadamente 20% dos amputados morrem em 2 anos.(3,4) O paciente diabético portador de doença vascular periférica tem uma probabilidade de desenvolver gangrena, 17 vezes mais que um indivíduo não diabético. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde revelou uma prevalência de 7,8% de diabetes na faixa etária de 30 a 69 anos na população baiana. (2)
A síndrome do pé diabético é geralmente uma consequência da coexistência de: (1) neuropatias periféricas somáticas (sensitiva e motora) e autonômicas, (2) insuficiência vascular por aterosclerose de vasos de calibres grande e médio e por microangiopatia (1).
Os diabéticos são mais suscetíveis à ulceração nos pés. Isto, porém, não guarda relação com o grau de isquemia. As úlceras do pé diabético localizam-se frequentemente nos dedos, nas faces laterais de zonas de compressão interdigital e nos bordos laterais do pé. As infecções podem assumir um caráter superficial limitadas à pele e ao tecido celular subcutâneo, mas podem se estender em profundidade, envolvendo fáscias, tendões e estruturas osteoarticulares. (3)
Ocorre o aparecimento de deformidades como dedos em martelo e em garra, deslocamento de coxins gordurosos sob as cabeças dos metatarsos, aumentando as pressões