terapia genetica
Um estudo inovador dá esperanças a pessoas que não já têm nenhuma: dentro de apenas oito dias após iniciar uma nova terapia genética, a leucemia “incurável” de David Aponte havia desaparecido.
O mesmo aconteceu com quatro outros pacientes no prazo de oito semanas, embora mais tarde um tenha morrido de um coágulo de sangue não relacionado com o tratamento, e outro depois de recaídas.
O trio que foi curado, entretanto, havia sido previamente diagnosticado com recaídas geralmente fatais de leucemia linfoblástica aguda. Agora, os pacientes se encontram em remissão da doença já faz entre 5 meses e 2 anos.
Michel Sadelain do Centro Memorial de Câncer Sloan-Kettering, em Nova York (EUA), coautor do estudo, diz que um segundo teste clínico com 50 pacientes está sendo preparado. Além disso, a equipe vai tentar usar a técnica para tratar outros tipos de câncer.
Como funciona
A chave para o novo tratamento é a identificação de uma única molécula de superfície de células cancerosas para, em seguida, usar engenharia genética a fim de manipular células do sistema imunológico de um paciente para atacá-la.
Por exemplo, em leucemia linfoblástica aguda, células imunes chamadas células B se tornam malignas. Os pesquisadores conseguiram identificar e alvejar uma molécula de superfície conhecida como CD19, que está presente apenas em células B.
Eles extraíram outras células do sistema imunológico dos pacientes chamadas células T, que por sua vez foram tratadas com um vírus inofensivo, que instalou um novo gene que as redirecionou para atacar todas as células portadoras de CD19.
Quando as células T modificadas foram injetadas nos doentes, elas rapidamente mataram todas as células B, cancerosas ou não. “Em todos os cinco pacientes, os tumores ficaram indetectáveis após o tratamento”, conta Sadelain.
Segundo os cientistas, o corpo do doente deve repor o sistema imunológico com células T e células B saudáveis após um par de