Terapia Familiar Sistêmica
O surgimento
Surgiu nos Estados Unidos na década de 1950, sendo que muitos fatores contribuíram para o seu surgimento nesse país e nessa época, como o mais relevante o pós-guerra da Segunda Guerra Mundial, onde ocorreram várias transformações, como a participação das mulheres no mercado de trabalho, a industrialização, acesso à educação, entre outras. Consequentemente criou-se um clima de otimismo e fé no futuro, aumentando as famílias e a crença de que a família era um lugar de felicidade (Ponciano, 1999).
Com a imigração decorrente a guerra, os imigrantes trouxeram suas histórias e experiências vividas durante a guerra e esses acontecimentos tiveram efeitos importantes referentes à saúde mental de cada um.
Houve uma união de psicanalistas judeu-europeus com psiquiatras militares norte-americanos, resultando no crescimento do movimento psicanalítico, abrindo também caminhos para terapias ativas, e descontentamento com a teoria psicanalítica. Segundo Bloch e Rambo (1998), o descontentamento estava relacionado com os tratamentos psicoterápicos com populações que vinham sendo menos favorecidas com estes, com os pacientes esquizofrênicos e delinquentes. Com esses fatores criaram-se novas possibilidades e condições favoráveis para uma prática clínica sistematicamente orientada (Grandesso, 2000).
Início do trabalho centrado na família:
Começou como pesquisa em famílias com pacientes esquizofrênicos e delinquentes, que não estavam se beneficiando dos tratamentos convencionais. Dentre as principais pesquisas com esquizofrênicos estão descritas no livro organizado por Bateson et AL.(1980) “ Interación familiar”e famílias com delinquentes no projeto Wiltwick, realizado por Minuchin, no início da década de 1960.
Segundo Grandesso(2000), essas pesquisas representam o inicio de um novo campo que começa a se desenvolver e que tinha como principal característica a mudança de foco da prática terapêutica no individuo e