Terapia eletroconvulsiva
A Terapia eletroconvulsiva ou por eletrochoque (TEC) consiste na aplicação de choques eletricos em determinadas partes do cérebro como tratamento para alguns transtornos psiquiátricos, essas correntes eletricas são fracas em torno de 75 a 100 volts e são aplicadas nas têmporas do paciente por um período de tempo que varia entre 0,1 e 1 segundo, até que ocorra uma reação convulsiva (em geral, 45 a 60 segundos). A TEC foi introduzida em 1938 pelos neurologistas, Ugo Cerletti e Lucio Bini. Especialista em epilepsia Cerletti já tinha o conhecimento que um choque elétrico aplicado no crãnio produzia convulsões aos pacientes. Na mesma época, alguns casos de esquizofrenia eram tratados com metrazol, injetado que provocava as convulsões, fazendo com que houvesse trocas eletroquímicas no cerebro, o que auxiliava na eliminação de alguns sintomas. Tal método era perigoso e aversivo pelo fato do paciente estar acordado e lúcido no momento das convulsões. Cerletti, Lucio Bini e L.B Kalinowski desenvolveram um método e equipamento para aplicar choques eletroconvulsivos que induziam as convulsões. As pesquisas foram iniciadas com a aplicação de sessões de eletrochoque, em sujeitos humanos com esquizofrenia aguda, foi notado que após 10 a 20 sessões de eletrochoque, em dias alternados, havia melhora rápida e evidente da maioria dos pacientes submetidos a esse tratamento. Entretanto o paciente sofria de uma amnésia retrógrada, fazendo que não lembra-se de eventos ocorridos imediatamente antes da aplicação do eletrochoque e mesmo durante a sessão, até por que desmaiava. Esse fato fez com que os pacientes tivessem menor incidência de “sentimentos negativos” em relação ao eletrochoque, comparativamente com as convulsões induzidas através do metrazol injetado, tornando a indução de convulsões pelo eletrochoque mais seguras e seus efeitos mais controlados e menos perigosos para o paciente do que as induzidas por mentrazol. Estudo de Benett