Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: modelos e técnicas
A pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos, e a exposição à situação social temida provoca uma resposta de ansiedade intensa, que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente evita estas situações ou as suporta com intenso sofrimento.
Modelos antigos
Modelos mais antigos de explicação da fobia social se focalizaram no condicionamento clássico e postularam que uma experiência traumática, como um embaraço momentâneo em uma situação social, poderia ser responsável pelo início da fobia - por exemplo, um aluno ficar muito nervoso ao ter que ler um texto diante dos demais alunos em sala de aula.
Déficit de habilidades sociais
Deficiências nas habilidades sociais podem levar uma pessoa a se comportar de uma forma inadequada em um primeiro encontro romântico e isto deixá-la em uma situação embaraçosa, por exemplo. A falta de habilidade social pode levar o indivíduo a evitar situações sociais onde ela (habilidade) possa ser essencial para um comportamento adequado e efetivo, como uma entrevista de emprego.
Crenças irracionais
Para Ellis a ansiedade social poderia ser explicada pelas crenças irracionais que a pessoa tem - por exemplo, a crença de que temos sempre que causar uma boa impressão para sermos aceitos pelas pessoas. Outro tipo de crença irracional é a de que temos sempre que ter um desempenho perfeito em determinada situação para mostrarmos o nosso valor como pessoa. Como consequência, as pessoas que mantêm estes tipos de crença tendem a se cobrar demais, querendo sempre ter um desempenho perfeito, sem erros, chegando a uma tentativa extrema de perfeição.
Vulnerabilidade cognitiva
Beck, Emery e Greenberg (1985)