Terapia cognitivo-comportamental da fobia social
Lígia M ItoI; Miréia C RosoI; Shilpee TiwariII; Philip C KendallII; Fernando R AsbahrI
IInstituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brasil
IITemple University, Filadélfia (PA), EUA
Correspondência
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RESUMO
OBJETIVO: Este artigo revisa aspectos relevantes da fobia social e os estágios de tratamento através da terapia cognitivo-comportamental em crianças, adolescentes e adultos.
MÉTODO: A partir do banco de dados Medline, realizou-se revisão da literatura publicada a respeito do tratamento da fobia social por meio da terapia cognitivo-comportamental.
RESULTADOS: Revisão da literatura sugere que a fobia social é uma condição prevalente e crônica, caracterizada por inibição social e timidez excessiva. Tanto o diagnóstico como o tratamento desse transtorno são comumente determinados pelo nível de incômodo e pelo prejuízo funcional. Estudos populacionais indicam taxas de prevalência ao longo da vida para a fobia social entre 2,5 e 13,3%. As principais técnicas utilizadas na terapia cognitivo-comportamental para a fobia social são descritas e exemplificadas em um relato de caso.
CONCLUSÕES: Há consenso geral na literatura de que a terapia cognitivo-comportamental é eficaz tanto para o tratamento de jovens como de adultos com fobia social. Uma vez que a fobia social com freqüência tem início precoce, a identificação de crianças com risco acentuado para o desenvolvimento de fobia social deve ser priorizada em investigações futuras.
Descritores: Fobia social; Terapia cognitiva comportamental; Timidez; Ansiedade; Revisão de literatura
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Introduction
A fobia social (FS) representa um problema grave de saúde mental com características incapacitantes em suas diferentes formas de apresentação. A mais comum é o medo de ser humilhado ou