Teorias Vocais
3 Teorias vocais
Junto aos textos dramáticos, estudamos alguns textos teóricos sobre a voz. O primeiro, de Jean-Jacques Roubine, serviu para entender as mudanças na colocação da voz em cena ao longo do tempo. Na Grécia Antiga, por exemplo, a entonação e projeção eram muito diferentes do que no período Clássico.
Além disso, o autor explica a importância de estudar, entender e exercitar a voz para conseguir ser um bom ator. E também fala sobre a necessidade de estudar a voz fora dos ensaios, porque um bom ator precisa ter os recursos vocais sempre disponíveis.
Marcílio de Souza Vieira, em A estética da Commedia Dell’Arte, fala sobre esse estilo de teatro, explicando as formas e a linguagem utilizadas pelos atores em cena. As peças deste tipo eram improvisadas, mas tinham uma estrutura básica de três atos e eram comuns os lazzis, que eram cenas prontas que já haviam sido bem sucedidas para garantir o interesse do público.
No texto A ludicidade do jogo vocal no desenvolvimento da consciência criativa a autora Janaina Träsel Martins afirma que é necessário que o ator saiba dar vida ao texto escrito e fazer com ele seja pronunciado da forma mais natural possível. Para isso ela explica como acontece o jogo vocal e como utilizar a improvisação para estar com a voz sempre disponível.
Ela fala sobre a unidade entre corpo e voz, os quais tem que estar ligados a todo o momento, e sobre a corporeidade do texto, que é a ação de fazer com que o texto seja transmitido por todo o corpo e não apenas pela voz. É preciso que todo o corpo sinta as palavras.