Teorias do Mercado Eficiente
Justin Fox, em seu livro O Mito dos Mercados Racionais, afirma que uma dos alicerces fundamentais de toda teoria econômica sobre o mercado financeiro de hoje, começara com o livro do prof. Irving Fisher.
Publicado em 1906, The Nature of Capital and Income [A Natureza do Capital e da Renda], foi o cimento da reputação internacional do prof. entre os economistas e a base de muitos outros livros que encontram-se nas prateleiras dos principais profissionais da área financeira. Fisher foi o primeiro, de muitos outros professores que viram racionalidade e uma ordem científica no mercado.
No entanto, ele não era o único a ter ideias avançados sobre os mercados financeiros, na mesma época. Em Paris, o estudante de matemática Louis Bachelier já analisava as flutuações de preços na Paris Bourse (bolsa de valores local). Ele tinha a ideia de que, embora não se pudesse ter certeza absoluta sobre coisa alguma, a própria incerteza poderia ser uma ferramenta. Em sua tese de doutorado, defendeu que a ferramenta para medir o incerto se chamava “distribuição Gaussiana” (em homenagem ao astrônomo e matemático alemão Carl Friedrich Gauss), distribuição normal ou, simplesmente, curva de sino. Para descrever um conjunto gaussiano de número, encontrasse a média dos valores (alto do sino) e o desvio-padrão (largura do sino).
Bachelier (1969) utilizou as premissas da curva de sino para representar os movimentos de preços da bolsa de Paris, partindo do insight de que a “expectativa matemático do especulador é igual a zero”. Isto é, o investidor médio não consegue ganhar do mercado. E o investidor médio é o mercado.
Partindo desse princípio, Bachelier percebeu que “é possível estudar matematicamente a estatística do mercado em qualquer momento dado, isto é, estabelecer a lei da probabilidade de mudanças de preço