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Entre os três autores percebe-se um ponto em comum: a ênfase dada a influencia da família e do patriarcalismo sobre nossa formação social.
A volta ao passado, aos primórdios de nossa formação histórica, social e política, é passo fundamental para “estabelecer a caracterização social do nosso povo”. O ruralismo é desde logo apontado como nossa característica distintiva. O “homem do campo”, cuja representante supremo é o fazendeiro, é o tipo “especificamente nacional”. Oliveira Vianna mostra como, historicamente, o grande domínio agrícola erigiu-se no fundamento de todo poder social, o núcleo básico de nossa organização social. O domínio rural exerce, na sociedade colonial, uma “função simplificadora”: auto-suficiente, fechado em si mesmo, torna socialmente desnecessário o surgimento de uma classe comercial, de uma classe industrial, ou ainda de corporações urbanas importantes.
Oliveira Vianna oscila, assim, entre seu apreço aos valores rurais e patriarcais e a importância por ele atribuída a integração do país, por meio da adoção vigorosa do Estado, a ação necessariamente dirigida contra os chefes territoriais.
A interpretação de Sérgio Buarque Holanda faz da sociedade brasileira em Raízes do Brasil – publicado em 1936 - aproxima-se em vários pontos da de Oliveira Vianna: ambos, por exemplo, dão ênfase ao peso do ruralismo, do patriarcalismo, das relações familiares na nossa formação. Mas o argumento de Sergio Buarque tem como chave, como núcleo central, um elemento que não se encontra na interpretação de Oliveira Vianna: a herança ibérica.
O conceito de homem cordial consegue sintetizar todo esse processo,