Criticas a mercados eficientes
Recentemente, a Hipótese de Mercados Eficientes elaborada por Eugene Fama vem sendo alvo de críticas constantes, chegando a ser considerado um paradigma em decadência. Em contraposição, o paradigma das Finanças Comportamentais (que não são o alvo desse estudo, mas que desempenham papel de suma importância no questionamento das premissas da Hipótese de Mercados Eficientes) vem ganhando destaque.
“Com novas teorias e evidências, finanças comportamentais emergiu como uma alternativa de visão dos mercados financeiros. Nesta visão, a teoria econômica não nos encaminha a mercados financeiros eficientes. Em vez disso, são esperados desvios sistemáticos e significativos da eficiência persistindo por longos períodos de tempo.” (SHLEIFER, 2000, p.27). Essa teoria afirma que os mercados não são eficientes e que os agentes podem cometer erros sistemáticos devido ao comportamento humano. Desse modo, os preços dos ativos não seriam, em um mercado eficiente, reflexo de todas as informações relevantes disponíveis. Haveria oscilações devido ao caráter irracional de algumas atitudes tomadas pelos investidores, como o comportamento de manada.
É exatamente nesse mesmo ponto em que os adeptos da teoria de Value Investing se atentam. Para eles, os preços dos ativos também não seriam, em um mercado eficiente, reflexo de todas as informações relevantes disponíveis. Eles se diferenciam do valor intrínseco da ação e quando essa diferença se consiste por um valor de mercado menor do que o valor intrínseco da ação, o investidor deve comprar essa ação, dado que ela tem potencial de valorização. Desse modo, empiricamente, investidores como Warren Buffret, Benjamin Graham e Peter Fisher vem questionando um dos desdobramentos da Hipótese de Mercados Eficientes (os investidores não podem, sistematicamente, obter ganhos acima da média, dado que as informações futuras a respeito das ações ainda não são conhecidas, e não podem ser conhecidas