Teorias do Jornalismo

INTRODUÇÃO Identificar quais são os critérios que tornam um acontecimento notícia sempre foi uma das premissas básicas do Jornalismo. A prática jornalística das redações levou, especialmente ao longo das últimas décadas, muitos pesquisadores de diversas áreas ­
Comunicação Social, Psicologia e Administração, por exemplo ­ a se dedicarem ao estudo teórico do Jornalismo. Este trabalho se concentra na análise de vários textos que relacionam teorias sobre aspectos do acontecimento enquanto notícia e do próprio conceito de notícia.
Toda notícia é um acontecimento com valor de informação. Tudo o que existe e acontece no mundo real é um fato e as perturbações à rotina das coisas da forma como elas são, acontecimentos. Para o Jornalismo um acontecimento é um fato digno de registro sob a forma de notícia e se distingue de um irrestrito número de coisas que acontecem a todo instante ao nosso redor.
A Teoria do Espelho é a mais antiga das teorias aplicadas ao Jornalismo. Se desenvolveu a partir de 1850. Sendo o espelho um retrato fiel daquilo que se está a sua frente, a Teoria se apropria dessa relação de reflexo para dizer que o Jornalismo deve construir o mais fiel relato da realidade possível. Por meio de técnicas que reduzam a subjetividade do relato e incorporando a Fotografia, dispositivo que congela a realidade, esse novo jornalismo baseado na Teoria do Espelho distanciou­se do modelo anterior, sensacionalista e partidário em seu conteúdo.
Discussões atuais acerca da Teoria do Espelho colocam em xeque a questão da imparcialidade do jornalista e dos grupos de comunicação, considerando­a como ideal utópico. O próprio fato de escolher noticiar determinados acontecimentos já torna o relato parcial, defendem alguns teóricos, pois