Teorias do Jornalismo
Teoria do Espelho
A Teoria do Espelho pressupõe que as notícias são como são porque a realidade assim as determina. O bom jornalista é aquele sujeito que observa tudo desinteressadamente e registra o que vê de maneira honesta e equilibrada. Além disso, é extremamente cuidadoso para que sua opinião não esteja presente na notícia, garantindo um retrato fiel da realidade, como na fotografia.
A teoria do espelho ainda é uma bússola norteadora dos manuais de redação e das regras de conduta dos jornais, pois parte-se do princípio de que seguir as regras do bom jornalismo, ou seja, escrevendo matérias de modo impessoal, ouvindo os dois lados da questão, o jornalista estaria retratando com maior fidelidade a realidade.
Nesse sentido a teoria é criticada, como aponta Felipe Pena, que o espelho pode não mostrar todos os ângulos, pois há dois tipos de espelhos: os planos e os esféricos, podendo ser refletido muitas vezes o que não é a realidade do fato no momento, deixando a imparcialidade de lado devido a distorções que possam acontecer.
Teoria Etnográfica
A palavra etno quer dizer cultura. A teoria etnográfica só ocorre a partir do momento em que existe uma pesquisa de campo, aonde o pesquisador vai se despir de sua cultura para vivera cultura do outro.
Nessa metodologia o pesquisador não deve apenas conhecer profundamente a cultura que esta estudando, deve também se apropriar dela, fazer parte de sua dinâmica.
A teoria etnográfica consiste nas diferentes formas de ver o mesmo fato. O jornalista deve despir-se de suas visões estereotipadas para enxergar diferentes angulações e contextos. Ver com as lentes do outro.
Segundo Roberto DaMatta, para vestir a capa de etnólogo, é preciso realizar uma dupla tarefa: transformar o exótico em família e o familiar em exótico.
O método etnológico, acoplado à perspectiva teórica do newmaking, parece colocar uma pá de cal na teoria instrumentalista ao perceber que as rotinas profissionais têm muito