Teorias de Imagem
Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
Teorias da Imagem
Leituras Orientadas II
É senso comum o significado do termo “imagem”, mas ao tentar definir o conceito percebe-se a complexidade de algo que parece tão simples e que só o é por não se pensar muito sobre. O conceito de imagem é muito fluido; vai além do comum “é aquilo que se vê”, e não é totalmente compreendido quando se diz “a representação de algo”. Talvez imagem seja um conceito por si só. Martine Joly (1994) destaca o polimorfismo do termo através da distinção entre diversos campos que utilizam o termo imagem, e conclui que a imagem “depende da produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a imagem passa por alguém, que a produz ou reconhece”.
O documentário Janela da Alma (2001), dos diretores João Jardim e Walter Carvalho, divaga em torno da complexidade da definição da imagem. Um dos momentos mais tocantes é a participação do filósofo e fotógrafo esloveno Evgen Bavcar, deficiente visual desde os 12 anos de idade, isto por que coloca em xeque a definição de que “imagem é algo que se vê”, algo que é discutido ao longo de quase todo o documentário com a participação de vários outros deficientes visuais. Assim como Joly relata em seu livro como uma das aplicações possíveis da imagem, a imagem psíquica, a da memória, são tipos que não estão no campo do real, independendo assim da visão.
No que se refere ao campo comunicacional, as imagens, como figuras representativas, foram usadas como um modelo arcaico de escrita desde as pinturas rupestres, tendo evoluído para os hieróglifos ou para ideogramas, ou os sinais gráficos que chamamos letras. Atualmente, é comum, ao pensar em imagem na comunicação, referir-se a anúncios publicitários, fotojornalismo, etc.
As histórias em quadrinhos são uma boa referência para descrever a importância da imagem para a comunicação, já que sua base se dá por uma sequência de imagens que narram uma história, como ou sem