Teoria Da Imagem
Vivemos numa sociedade onde a informação e cultura têm um tratamento predominantemente visual.
A comunicação contemporânea assenta numa panóplia de imagens com características distintas, cujo crescimento desenfreado dos média põem em realce o caráter de imediatismo, de aparente reflexo contemplativo e de duplicação da realidade.
Segundo Gilles Deleuze a denominação de “civilização de Imagem” é sobretudo uma “civilização do cliché”, cuja explicação pode referir-se duplamente à inflação icônica que assenta na redundância , e por outro lado na ocultação, distorção ou manipulação de certas imagens, de tal maneira que estas em vez de serem um meio para descortinar a realidade ocultam-na. Assim Deleuze insiste, afirmando que existe um interesse geral em “ esconder algo na imagem”, este algo não é mais que o seu próprio caráter de persuasão.
Toda a linguagem icônica é resultado de uma estratégia significativa e como tal persuasiva. Relacionado com as idéias acima referidas Abraham Moles alerta para a necessidade de analisar a dimensão numérica do trânsito das imagens, capazes de condicionar o comportamento humano. Assim surge a necessidade de falar de ”ecologia da imagem “ que se ocupa da pressão visual a que somos submetidos diariamente.
Outra distinção importante é a que se estabelece entre imagens figurativas e abstratas. Ou se preferirmos representativas e não representativas. As primeiras são aquelas que contêm informação sobre os objetos (situações, temas) diferentes da sua própria materialidade.
Por outro lado as imagens abstratas ou não representativas, são aquelas que dificultam a percepção imediata. Permitem “uma percepção” mas de que?....
As imagens podem representar coisas que existem na realidade como outras que nunca tiveram entidade total. Assim podemos comparar o grau de semelhança entre uma imagem e o objeto representado como também o seu nível de originalidade.
A interpretação da realidade é sempre modificado por quem a cria, pela