teorias da imagem
Segundo NEIVA JR. (1996) a imitação, seja de uma imagem ou de um objeto, é essencialmente lógica, pois pressupõe uma transformação segundo um modelo já criado, por suposições sobre as condições manifestas da aparência em que o criador representa os ''traços'' que mais lhe chamaram atenção. Isso vem com o tempo a fazer parte da definição da imagem, o que obscurece ainda mais a sua verdadeira definição. GOMBRICH se contrapõe a tal definição e mostra o exemplo de um esboço de uma vaca, que seria suficiente para pegar uma mosca tsé-tsé numa armadilha, porque ele poria em movimento o aparelho de atração, enganando a mosca. Afirma ainda que a forma exterior da vaca não é imitada e o significado de imagem tem fundamento quando se fala em ''representação''. Martine Joly aborda a questão da imagem como imitação. Ela comenta sobre os ''petrogramas'' e ''petrolifos'', ''que representam os primeiros meios de comunicação humana. São considerados imagens porque imitam, esquematizando visualmente, as pessoas e os objetos do mundo real'' (JOLY, 1996, p.18). Já Neiva Jr. cita Lázlio Moholy-Nagy, quando diz que a arte moderna revolucionou a linguagem visual. Na tradição da arte burguesa, a visualidade na obra vinha em segundo plano; a prioridade era a cena apresentada por ela e a leitura dessa narrativa. Já para os movimentos da modernidade (como o Cubismo, o Surrealismo e o Impressionismo) eram mais valorizados os elementos visuais, como as cores e formas, do que a representação ilusionista da natureza. A imagem, então, na concepção atual, apenas se utiliza de informações mais relevantes do objeto em alguns casos. Na arte, hoje em dia, a imagem trata-se muito mais da criação do que a imitação.
2) Concepção Platônica: A história da imagem começa na antiguidade Clássica, com as concepções de Platão e Aristótoles, cada qual com seus questionamentos e suposições; Martine Joly cita os dois pensadores em sua obra e destaca que para Aristótoles a