teorias de comércio internacional no âmbito econômico
Antes da apreciação das contribuições clássicas na sequência do advento do liberalismo económico, começamos por referir que foram antecedidas pelo Mercantilismo – doutrina económica que prevaleceu na Europa entre os séculos XVI e XVIII; i.e., de 1500 até à publicação da “Riqueza das Nações” de Adam Smith, em 1776. Mais do que uma escola de pensamento formal, o mercantilismo consistiu numa colecção de atitudes similares em relação à actividade económica doméstica e ao papel do comércio internacional.
Os mercantilistas preocupavam-se com a acumulação de metais monetários – ouro e prata –, que associavam à ideia de riqueza do país. Uma vez que a oferta de ouro era relativamente fixa, acreditavam que um país poderia aumentar o seu stock de metais monetários à custa dos demais. Para o efeito “bastaria”:
(i) aumentar as exportações – que deveriam ser encorajadas através de subsídios –, na medida em que conduzem a fluxos (de entrada) de metais preciosos enriquecedores do país;
(ii) diminuir as importações – que deveriam ser desencorajadas mediante a aplicação de tarifas –, uma vez que correspondem a fluxos de saída de metais preciosos, sendo por isso empobrecedoras. Em suma, como consideravam que o comércio internacional tinha ganhos de soma nula
– um país ganha à custa do outro – advogavam uma politica comercial proteccionista. Por esta via seria alcançada uma balança comercial favorável (positiva) e, portanto, enriquecedora do país. É com o advento do liberalismo económico que se