Teorias das formas de governo
Capitulo I. No primeiro capítulo, é apresentada apenas uma referência histórica feita por Heródoto (História – Livro III) sobre uma discussão entre três persas: Otanes, Megabises e Dario, onde cada um defende a forma de governo que acredita mais adequada aos seus pais, após a morte de Cambises.
Otanes sugeriu um governo democrático, argumentando que o monarca é guiado pela prepotência e pela inveja, sentimentos estes que o levarão a cometer as maiores atrocidades, sem que existam quaisquer formas de controle. Contrariamente, o governo do povo merece o mais belos dos nomes: isonomia. Por outro lado, Megabises, embora concordando com a opinião de Otanes sobre a monarquia, aconselha a implantação de um governo oligárquico, pois, para ele, a massa popular inepta é obtusa e muito mais prepotente que o monarca, com a agravante de que suas atitudes são inconscientes. Portanto, o governo deveria ser entregue a um grupo de homens preparados, os melhores.
Finalmente, Dario aquiesce o posicionamento de Megabises sobre o governo popular, mas rebate a sua conclusão sobre a oligarquia, afirmando que dentro do próprio grupo oligárquico irão surgir facções que lutarão pela liderança do governo, levando o país, consequentemente, à melhor forma de governo: a monarquia.
Há também uma derivação dessa configuração, apresentada por Aristóteles e por Políbio, os quais afirmam que para cada constituição boa corresponde uma má, dependendo de quem governa.
Capitulo II. Na obra “A República” de Platão (428-347 a.C.) ocorre a descrição da república ideal, que tem por objetivo a realização da justiça entendida como atribuição a cada um da obrigação que lhe cabe, de acordo com as próprias aptidões. Consiste a composição harmônica e ordenada de três categorias de homens: os governantes-filósofos, os guerreiros e os que se dedicam aos trabalhos produtivos.
Todos os Estados reais são corrompidos. Enquanto o Estado perfeito é um só, os imperfeitos