Teorias da História

Teorias da História
Espírito e História As noções de espíritos, História, progresso e dialética são essenciais para a compreensão do sistema filosófico de Hegel – ou Idealismo hegeliano. Segundo esse filósofo alemão, a realidade era o espírito (a razão), e a História era o desdobramento do espírito no tempo – ou seja, o real e o racional se identificavam. Hegel ordenava os fatos históricos numa cadeia temporal de causas e efeito, prevendo a superioridade do futuro sobre o passado e uma finalidade para os acontecimentos. Nesse contexto, a História seria o caminho de progresso do espírito rumo ao absoluto, e as crises seriam frutos do movimento dialético, originado pelas condições, para afirmar um novo estado de coisas. Logo, o mal seria apenas a mola da dialética para uma síntese superior. Na estrutura triádica desse processo dialético – formado por teses, antíteses e sínteses -, Hegel previa os seguintes momentos do desenvolvimento do espírito no conhecimento da realidade e, por tanto, de si mesmo: espírito subjetivo que se reconheceria como natureza, formando a consciência individual; espírito objetivo que se reconheceria como cultura, gerando as instituições, a moral e o Direito; espírito absoluto que se reconheceria como Arte, Religião e Filosofia.
Ordem e Progresso No século XIX, o entusiasmo com progresso da Revolução Industrial, o desenvolvimento do capitalismo, as teses da Física newtoniana e da teoria evolucionista de Darwin formavam o cenário em que surgiu outra Filosofia da História, o positivismo, com o francês Auguste Comte. Ao contrário da metafísica, o positivismo não buscava causas e finalidades dos fenômenos e, diferentemente do idealismo, não se ocupava do absoluto. Limitava-se ao estudo dos fatos e das leis gerais de seu funcionamento, investigando-as sob o método das ciências naturais, pautado pela observação. Comte via a História como desdobramento da natureza humana, sob a lei dos três estados. Segundo ela, em sua evolução,