Teorias da comunicação
(PODER ECONÔMICO E A SUA RELAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO CULTURAL)
Professor Doutor Fabiano Dolenc Del Masso
Professor da Faculdade de Direito - UPM
1. SIGNO DA CULTURA
A
análise
que
ora
se
propõe
envolvendo,
inicialmente,
comunicação e cultura, justifica-se, em razão da utilidade dos mecanismos da comunicação como instrumentos na formação cultural. Para tanto, continuar-se-á o trabalho, recorrendo a semiótica,1 principalmente, devido ao fato de que a dimensão que se pretende atribuir a cultura, no contexto da linguagem, privilegiará preponderantemente sua função simbólica.2 Ou seja, a comunicação contribui em que medida, na criação e disseminação da cultura em uma comunidade?
Quais
são
os
símbolos
formados
pelos
interlocutores que estimulam e conscientemente propiciam a formação dos valores sociais?
1
Como pondera Lúcia Santaella: “Sob esse enfoque, a mais importante questão, que se encerra na relação entre cultura e comunicação, está no fato de que, por considerar o funcionamento da cultura como inseparável da comunicação, a semiótica está apta a desempenhar um papel fundamental no estudo dos meios de comunicação ou aquilo que preferimos aqui chamar de mídias. Isto porque a semiótica percebe os processos comunicativos das mídias também como atividade e processos culturais que criam seus próprios sistemas modelares secundários, gerando códigos específicos e signos de estatutos semióticos peculiares, além de produzirem efeitos de percepção, processos de recepção e comportamentos sociais que também lhes são próprios.” Cultura das mídias. 2ª ed. São Paulo: Experimento, 2000. p. 29.
2
O que fez, por exemplo, José Afonso da Silva, em sua obra sobre a ordenação constitucional da cultura, na qual, explica: “É uma tentativa de compreensão da cultura como sistemas em interações de signos interpretáveis, segundo uma concepção semiótica da cultura. Cultura, enfim,