Teorias da Comunicação de massa
FICHAMENTO do Teorias das Comunicações de massa, de Mauro Wolf
WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa/ Mauro Wolf; tradução Karina Jannini. – 3ª- edição- São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Título Original: Teorie delle comunicazioni di massa. Segunda parte, capítulo dois e três páginas 137- 259
Capítulo2 – O ESTUDO DOS EFEITOS A LONGO PRAZO
2.1 Premissa
DURANTE muito tempo, o estudo sobre os efeitos permaneceu ligado ao que Schulz (1982) define como “Transfermodell der Kommunikation”*. Este implica as seguintes premissas:
a. os processos de comunicação são assimétricos: existem um sujeito ativo,que emite o estímulo, e um sujeito mais passivo,que é atingido por esse estímulo e reage;
b. a comunicação é individual , um processo que diz respeito,antes de tudo,a cada indivíduo e que deve ser estudado em relação a estes indivíduos;
* Modelo de transferência da comunicação. (N. da T.) (p.137)
As principais diferenças entre o velho e o novo paradigma de pesquisa sobre os efeitos são as seguintes: a. não mais estudos de casos individuais (sobretudo “campanhas”), mas cobertura todo o sistema da mídia,focalizada em determinadas áreas temáticas; b. não mais dados levantados essencialmente a partir da entrevistas como público ,mas metodologias integradas e complexas; c. não mais observação e a medição das mudanças de postura e opinião, mas a reconstrução do processo com o qual o indivíduo modifica a própria representação da realidade social (Noelle Neumann,1983). (p.138)
Por exemplo, o índice principal para medir os efeitos não pode ser a quantidade de consumo e de atenção prestada à comunicação de massa: é necessário também possuir alguma medida a respeito o conteúdo e do significado daquilo a que se expõe.
Além de disso, o contexto da “campanha” dificulta a possibilidade de considerar outro tipo de impacto da mídia, o cumulativo, ligado a uma exposição