Teorias da Burocracia
Para Weber, a burocracia é uma organização cujas consequências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência da organização. Nota também as consequências imprevistas (ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. Cada disfunção é uma consequência não prevista pelo modelo weberiano, um desvio ou exagero.
As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato dela não levar em conta a chamada organização informal que existe fatalmente em qualquer tipo de organização, nem se preocupar com variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas) que, necessariamente, introduz variações no desempenho das atividades organizacionais.
As disfunções da burocracia são as seguintes:
1. Internalização das regras e apego aos regulamentos
Por meio das normas e regulamentos para atingir os objetivos da organização, tendem a adquirir um valor positivo, próprio e importante, independentemente daqueles objetivos, passando a substituí-las gradativamente. Com isso, o funcionário burocrata torna-se um especialista, não por conhecer por possuir conhecimento de sua tarefas, mas por conhecer perfeitamente as normas e os regulamentos que dizem respeito ao seu cargo ou função.
2. Excesso de formalidade e de papelório
A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações dentro da burocracia a fim de que tudo possa ser devidamente testemunhado por escrito pode conduzir a tendência ao excesso de formalismo, de documentação e, consequentemente, de papelório. Aliás. O papelório constitui uma das gritantes disfunções da burocracia, o que leva o leigo, muitas vezes, a imaginar que toda burocracia tem necessariamente um volume inusitado de papelório, de vias adicionais de formulários e de comunicação.
3. Resistência às mudanças
Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma