Teoria
Ao ler o livro: O mundo de Sofia, um romance sobre a história da filosofia, deparei-me, na página 77, com o subtítulo: O homem no centro, uma abordagem que o grande filósofo Sócrates (499-399 A.C.) e Jesus Cristo, defenderam. Imediatamente, outra personalidade surgiu em minha mente: Carl Rogers, um conceituado psicólogo humanista.
Percebi nessas personalidades, pontos em comum (aliás, o autor, traça alguns paralelos entre Sócrates e Jesus Cristo), em relação à preocupação com o ser humano, como enfoque principal nas suas teorias, ou visões de vida.
Sócrates
Considerado um dos fundadores da Filosofia Ocidental, possuía um “interior absolutamente maravilhoso”. Ele não impingia os seus ensinamentos às pessoas. Ele não gostava propriamente de ensinar: dialogava, discutia, dava a impressão de querer aprender, junto com o seu interlocutor. Ao “ensinar”, descartava a posição de um professor tradicional. Para Sócrates, o verdadeiro conhecimento, a fé deveria vir de dentro, e não ser introjetada. Ele irritava as pessoas pela sua “ironia”, sua sabedoria, pois ele ensinava ao outro a raciocinar, e a encontrar a sua própria verdade.
Sócrates “pregava” nas praças públicas. Ele dizia ouvir uma voz divina dentro de si: a sua consciência. Ele era uma pessoa humilde, apesar de ser considerado um sábio. Imortalizou-se a sua célebre frase: “Eu só sei que nada sei”. Sócrates vivia mergulhado em pensamentos. Ele era considerado uma pessoa enigmática. Protestava contra a pena de morte, recusava denunciar seus inimigos políticos. Em 399 A.C., ele foi acusado de “corromper a juventude” e de “não reconhecer a existência dos deuses”. Finalmente, devido às suas atividades, como filósofo, ele foi julgado e condenado à morte, por um júri de cinqüenta pessoas.
Porém, ele não pediu clemência. Ele considerava a sua própria consciência e a verdade, mais importantes que a sua própria vida. Sócrates afirmava que tudo o que fizera, fora para o bem do Estado. Preso