Teorias
A primeira teoria explicativa foi o Permanentismo. Esta teoria baseava-se numa ideia imobilista, ou seja, não admitia o movimento dos continentes. Segundo esta perspectiva, as grandes estruturas superficiais terrestres (continentes e oceanos) mantiveram-se constantes ao longo dos tempos, em posições muito semelhantes às actuais. Esta teoria começou a dar os primeiros sinais de fraqueza, quando se começou a constatar a ocorrência de certos fenómenos que eram responsáveis por alterações no planeta, refutando assim a ideia em que ‘’tudo está como sempre esteve’’.x
Como uma necessidade de explicar as falhas constatadas no Permanentismo, surgiu uma nova teoria – o Catastrofismo. Em 1596, Abraham Ortelius, cartógrafo alemão, reparou na complementaridade no contorno de certos continentes, nomeadamente a América, a Europa e a África. Postulou então a hipótese que estes estiveram unidos mas separaram-se devido à ocorrência de catástrofes naturais. Esta teoria justificava a ocorrência de tais fenómenos com a vontade de uma entidade divina. À medida que o contexto socio- cultural ia evoluindo, surgiram dúvidas que punham em causa a influência de um deus nestes mesmos fenómenos.
Foi então com o fracasso de mais uma teoria, que surgiu o Contraccionismo. Esta teoria, não é a que actualmente explica a história da evolução da Terra, mas a sua importância foi notória visto que permitiu a criação de novas hipóteses mais sólidas cientificamente.
A teoria dita contraccionista começou a ser desenvolvida no século XVII, por Francis Bacon. O mesmo analisou o contorno de alguns continentes e constatou que existia, de certa forma, uma certa concordância entre as linhas de costa da África e da América do Sul. Para Bacon “a complementaridade entre os continentes era demasiado evidente para representar uma simples coincidência, sugerindo, então, um