Teoria
NESTOR DOCKHORN
No estudo dos processos fonológicos, será apresentado inicialmente um conceito dos mesmos; em segundo lugar, será exposta uma classificação dos mesmos; em terceiro lugar, será explicado como pode ser feita uma notação formal dos processos; em último lugar, será dado um esclarecimento sobre casos especiais de processos fonológicos.
1 - Conceituação de processos fonológicos
Por processos fonológicos entendem-se alterações de fones ou de fonemas. Na verdade, deveríamos utilizar dois termos: processos fonéticos e processos fonológicos. Na prática, utiliza-se somente o termo processos fonológicos. Também é empregado o termo metaplasmos.
Esses processos podem ocorrer tanto diacrônica como sincronicamente.
Antes, porém, de nos referirmos aos processos fonológicos em particular, convém mencionar dois fenômenos gerais que afetam os sons da fala.
O primeiro é o sândi, isto é, os fenômenos fonéticos provocados pela junção dos vocábulos na sentença. O sândi, que já foi mencionado por gramáticos indianos antes de Cristo, significa literalmente “reunir” ou “junção”; entretanto, hoje é empregado para significar processos fonológicos que são resultado da junção de vocábulos.
Um segundo fenômeno importante é outro resultado de junção de vocábulos na prolação das sentenças. Com efeito, quando falamos, juntamos os vocábulos pela entonação, de maneira que dois ou três ou mais vocábulos chegam a constituir praticamente um único vocábulos. Esses vocábulos, assim formados, recebem vários nomes. Alguns autores os chamem de grupos de força; outros os denominam vocábulos fonéticos ou grupos acentuais ou grupos de intensidade. Numa transcrição fonética, é muito importante levar em conta esses grupos.
2 - Classificação dos processos fonológicos
Na produção dos sons, ocorrem muitos processos fonológicos. Reduzi-los-emos a quatro grupos: processos de