Teoria
Thomaz Wood Jr. é professor da FGV-EAESP e sócio da Matrix/Consultoria e Desenvolvimento Empresarial. Ele é atualmente editor da RAE-Revista de Administração de Empresas. Sua prática de consultoria inclui a coordenação de projetos de transformação organizacional e estratégia empresarial. Publicou mais de 50 artigos acadêmicos e 10 livros na área de gestão, incluindo “Executivos Neuróticos, Empresas Nervosas”, “Organizações Espetaculares”, “Gurus, Curandeiros e Modismos Empresariais”, “Os 7 Pecados do Capital” e “Mudança Organizacional”. Seus interesses de pesquisa incluem o estudo da espetacularização da vida organizacional, a indústria do management e a análise da adaptação de tecnologias gerenciais estrangeiras em países em desenvolvimento. Thomaz Wood Jr. é colaborador da revista CartaCapital desde 1996. Atualmente, é responsável pela coluna “Gestão”.
RAS – O título de um de seus livros, “Executivos Neuróticos, Empresas Nervosas”, encaixa-se com perfeição em muitos setores do ambiente médico-hospitalar, em especial nos serviços de urgência e emergência, principalmente num pronto-socorro de “periferia brava” (tipo Jardim Ângela ou Vila Nhocuné). Agora, pensando em uma loja H. Stern, uma agência de publicidade, no HopiHari, na Runner, eu pergunto: o título de seu livro não contém uma generalização perigosa? Thomaz Wood Júnior – Sua pergunta lembrou-me daquele velho dito: “De perto, ninguém é normal”. O mesmo acontece com as empresas. Por fora, aquela imagem de seriedade, polida com esmero pelos relações-públicas. Por dentro, a história é bem outra. E tanto no hospiRAS _ Vol. 4, Nº 15 – Abr-Jun, 2002
tal da periferia, quanto naquela consultoria bacana da avenida Faria Lima. Já vi muitas empresas que ganham prêmios de recursos humanos e, por dentro, são uma lástima: um mar de conflitos, puxadas de tapete e intrigas. O show é bem montado, mas nos bastidores a coisa vai muito mal. Agora, neuróticas, ou nervosas, todas são. O que muda é o