Teoria queer e curriculo
A Teoria Queer é uma teoria sobre o gênero, afirma que a orientação sexual e a identidade sexual ou de género dos indivíduos são o resultado de uma construção social. De uma forma geral, é possível afirmar que esta teoria busca ir além da oposição homens x mulheres e busca também aprofundar os estudos sobre minorias sexuais (gays, lésbicas, transgêneros).
A Teoria Queer é bem distinta dos estudos gays e lésbicos, pois considera que estas culturas sexuais foram normalizadas e não apontam para a mudança social. Daí o interesse em estudar o travestismo, a transsexualidade e a intersexualidade, ela também recusa a classificação dos indivíduos em categorias universais como "homossexual", "heterossexual", "homem" ou "mulher", sustentando que estas escondem um número enorme de variações culturais, nenhuma das quais seria mais "fundamental" ou "natural" que as outras. Contra o conceito clássico de gênero, que distinguia o "heterossexual" socialmente aceito do "anómalo" (queer), a Teoria Queer afirma que todas as identidades sociais são igualmente anómalas.
Foram elaboradas leis e políticas públicas voltadas para a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), como o programa Brasil sem Homofobia do Governo Federal que dentre os seus programas de ações para a educação destaca a elaboração de diretrizes que orientem os Sistemas de Ensino na implementação de ações que comprovem o respeito ao cidadão e à não-discriminação por orientação sexual.
É a partir da perspectiva que a “pedagogia queer” é pensada. Esta não propõe somente incluir no currículo informações sobre a sexualidade, mas questionar os processos institucionais e discursivos, as estruturas de significação que definem os papéis sociais e as identidades dos sujeitos que fazem parte do cotidiano escolar. Ela abre a possibilidade de discussão do que consideramos ser fixo, imutável. Não apenas em relação aos currículos escolares, mas nas relações que se