teoria pos-positivista

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Este artigo tem por objetivo discutir por que os pós-positivistas rejeitam o positivismo. O positivismo surge como um triunfo do liberalismo europeu, com a teoria que a natureza humana seria a base da própria lei natural, e do cientificismo que reconhecia uma só natureza material unindo o mundo dos fatos e dos valores. "Os fatos só são conhecíveis pela experiência e a única válida é a dos sentidos", essa era a proposta de Augusto Comte, fundador do positivismo.
O pós-positivismo manifestou-se, como uma evolução da filosofia positivista. Estaríamos diante da cisão entre duas maneiras de pensar a realidade internacional, dividida entre as perspectivas positivistas e pós-positivistas. A critica pós-positivista desfiaria os pressupostos do mainstream em vários âmbitos. Da questão da linguagem às normas e regras, da identidade ao Estado, múltiplos foram os campos pelos quais se seguiram estas análises alternativas da questão internacional.
Durante considerável parcela do século XX, o positivismo buscou ditar os limites dentro dos quais poderia se desenvolver a disciplina das Relações Internacionais de modo a efetiva e sistematicamente deslegitimar, desautorizar e marginalizar quaisquer abordagens que não se alinhassem.
Essa visão convencional requisita para si a prerrogativa de ter desvendado a realidade da política. A política teria uma essência própria a ela. Esta política propriamente dita, nos termos realistas, seria a política do poder: para os autores desta corrente. Esta busca é informada pela distinção entre um ambiente internacional onde prevaleceria em última instância, a razão de estado e um âmbito interno onde prevalece a moralidade nacional. A dinâmica desta política internacional seria determinada pelos diferenciais de poder e sua distribuição.
Esta divisão entre espaços nos quais a moralidade é possível e locais onde ela não se aplicaria permeia tanto a concepção moderna de política quanto a noção convencional do caráter específico das RI.
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