Resumo Smith

Resenha do texto: International theory: positivism and beyond; SMITH, Steve; BOOTH, Ken; ZALEWSKI, Marysia.
Paulo Monteiro de Assis Araujo*

INTRODUÇÃO
O artigo se inicia destacando o fato de que nas últimas quatro décadas, o positivismo vem dominando a disciplina de Relações Internacionais. O objetivo deste artigo é analisar o estudo sobre teoria, bem como seus fundamentos epistemológicos, como sendo o início exato de um comprometimento com o mundo real.
A obra é uma crítica referente ao chamado “Terceiro Debate” e as maneiras convencionais pelas quais se desenvolve a teoria das relações internacionais, trazendo os principais autores contribuintes para o desenvolvimento desta teoria. Diante dos inúmeros questionamentos no que se refere à dita neutralidade do positivismo, surgem novas premissas nas análises das relações internacionais, apontadas por novos autores, ocasionando assim, novos debates.
No entanto, para Smith, as posições divergentes ignoram-se entre si, o que anula a razão de se utilizar a palavra “debate” entre os teóricos com pensamentos distintos. Segundo ele, um teórico não dava atenção ao que o outro dizia. Desta maneira, os autores do artigo analisam as abordagens teóricas do tema, bem como os avanços mais importantes na teoria internacional.

TEORIA INTERNACIONAL: POSITIVISMO E ALÉM
Os autores citam, em seu artigo, que a história possui três variantes principais do positivismo, unidas pelo compromisso entre si de seguirem um caminho específico para obterem conhecimento do mundo. A última variante é considerada a de maior relevância no campo das relações internacionais.
Auguste Comte foi desenvolvedor da primeira variante, baseada nas ciências naturais, a qual foi chamada de método de observação. A finalidade deste método é mostrar as leis evolutivas casuais que decifram fenômenos ocorridos, por meio da observação dos mesmos. Seu foco estava voltado para a observação dos fatos. Segundo Comte, a ciência positiva teve uma terceira