Teoria politica
GABRIELA GUERREIRO / ANDREZA MATAIS / ERICH DECAT - DE BRASÍLIA - 01/02/2013 - 13h21
Em seu discurso como candidato a presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deu um recado aos chamados "independentes" ao dizer que a ética é uma "obrigação de todos nós".
"A ética não é objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, o interesse nacional. A ética é meio, não é fim. É obrigação de todos nós, responsabilidade de todos nós e dever desse Senado Federal", afirmou.
Em sua fala, Renan evitou comentar a denúncia da Procuradoria-Geral da República que o acusou de ter praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica e utilização de documentos falsos.
Ao falar sobre ética, Renan também mencionou o nome do senador João Capiberipe (PSB-AP) --num recado ao colega que assumiu o mandato apenas ano passado depois de ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Capiberipe foi um dos "independentes" que discursou contra Renan. Apenas ele e o senador Pedro Simon (PMDB-RS) citaram o nome do candidato do PMDB.
O senador socialista leu, no plenário, trechos do editorial da Folha publicado nesta sexta-feira com críticas à eleição de Renan. "Não bastasse o longo currículo de Calheiros, o bom senso bastaria para vetar sua indicação", disse o senador ao citar trecho do editorial.
Renan disse que seria "injusto" à Casa falar em ética depois que o Senado aprovou "de forma célere, como nunca se aprovou outra matéria", o projeto da Ficha Limpa. "Isso demonstra que esse é compromisso de todos nós", afirmou.
Em 2007, Renan tornou-se suspeito de pagar despesas pessoais com dinheiro de Cláudio Gontijo, que trabalha para a empreiteira Mendes Júnior.
Para justificar que tinha renda para fazer os pagamentos, Renan apresentou documentos e afirmou que tinha ganhos com a venda de gado. O senador pagava uma pensão mensal à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Na época, Renan renunciou à