Teoria Instrumentalista
a) Versão “da esquerda”: as notícias são vistas como instrumentos para manter o status quo capitalista;
b) Versão “da direita”: as notícias são vistas como questionamentos, isto é, são usadas para questionar o sistema.
A Teoria Instrumentalista parte, independentemente da versão, de princípios epistemológicos presentes na teoria do espelho, pois se o objetivo é verificar distorções, ela aceita que é possível refletir a realidade. Dessa forma, os estudos da parcialidade também conhecidos como news bias studies, não estão ligados a pressupostos de construção social da realidade, mas, sim à factível possibilidade de sua reprodução.
Ora, na visão da esquerda, a distorção é inversa: o jornalismo reforça a visão de mundo da sociedade capitalista. O conteúdo das notícias é imposto aos jornalistas pelos dirigentes das empresas de comunicação e condicionado pela estrutura macroeconômica. Citando Chomsky e Herman, Traquina relaciona os cinco fatores que explicam a submissão do jornalismo aos interesses do sistema capitalista:
1) A estrutura de propriedade das empresas jornalísticas;
2) A sua natureza propriamente capitalista;
3) A dependência dos jornalistas das fontes governamentais e empresariais;
4) As ações punitivas dos poderosos;
5) A ideologia anticomunista dominante entre a comunidade jornalística americana.
O que de fato existe, é a concentração das empresas de mídia nas mãos de poucos grupos de influencia direta na veiculação de valores capitalistas, estreitando as margens para opiniões contraditórias e algum pluralismo democrático.
Muitas pesquisas, diz Pena, confirmam que os megaconglomerados de mídia