Resumo instrumentalismo
Resumo "instrumentalismo" (páginas 189-192)
Em sua forma extrema o instrumentalismo envolve uma distinção clara entre os conceitos aplicáveis a situações observáveis e os conceitos teóricos. O objetivo da ciência é criar esquemas convenientes para ligar conjuntos de situações observáveis entre si. As situações que envolvem entidades observáveis descrevem realmente como o mundo é, enquanto as descrições de sistemas que envolvem conceitos teóricos não fazem isso.
O instrumentalista ingênuo ira dizer que existem bolas de bilhar no mundo e que as mesmas podem rolar em várias velocidades, colidindo entre si, e com o ambiente que ali está presente, dessa forma a mecânica newtoniana não deve ser tomada por entidades como existência real, e sim como invenções do físico, ou seja, são ficções teóricas convenientes, e a introdução dessas entidades teóricas devem ser justificadas pelas suas utilidades de ligar conjuntos de observações de um sistema físico semelhante uns com os outros, dessa forma as teorias científicas não são mais que conjuntos de regras para ligar um conjunto de fenômenos observáveis com um outro, para o instrumentalista ingênuo não é atividade da ciência estabelecer aquilo que possa existir além do reino do observável.
Na medida em que os instrumentalistas compartilham com os indutivistas uma atitude cautelosa, que os leva a não afirmar nada além do que pode ser extraído de uma base de observação segura, sua posição é solapada devido ao fato de que todas as proposições de observações são dependentes de teoria e falíveis. A posição do instrumentalista ingênuo apoia-se numa distinção que não é adequada à tarefa que lhe pedem, vários episódios solapam a afirmação instrumentalista ingênua de que as entidades teóricas possuem uma existência fictícia ou irreal numa forma que as entidades observáveis não tem.