A concepção de ciências existe em três dimensões. A primeira concepção da teoria científica, isto é, o essencialismo, faz parte da filosofia galileana da ciência na qual devemos distinguir entre três universos: universo da realidade essencial, universo dos fenômenos observáveis e universos da linguagem descritiva ou representação simbólica, concluindo que uma lei universal ou uma teoria não é um enunciado, mas uma regra, ou um conjunto de instruções para a derivação de enunciados singulares de outros enunciados singulares. Galileu Galilei, cientista julgado pela Inquisição, foi obrigado a retratar-se de seus ensinamentos. O caso continuou despertando indignação e discussão, até conseguir a vitória, sem inimigos, sobre o “sistema de mundo” copernicano que explicava o movimento diurno do sol como apenas aparente e como resultado da rotação de nossa própria terra. Galileu vira em seu telescópio as fases de Vênus; Júpiter e suas luas formavam um modelo em miniatura do sistema solar copernicano (sendo o qual os planetas eram luas do sol) Se Copérnio estava certo os planetas interiores deviam mostrar, quando observados da terra, fases como as da lua. O comportamento das estrelas são observados e descritos pelo conhecimento dos astrônomos. Se um observador estivesse em outro planeta ou na lua ou em uma estrela exterior ao sistema, veria a terra girando, e poderia deduzir que para seus habitantes existiria um movimento diurno aparente do sol. Na primeira concepção, o cientista aspira a encontrar uma teoria ou descrição verdadeira do mundo suas regularidades ou leis, que seja uma explicação dos fatos observáveis. O bispo Berkeley era contra o sistema galileano, porque reduzia o poder da igreja sobre o intelecto humano. Nosso mundo ordinário é considerado pelo essencialismo como uma simples aparência, por trás da qual ele descobre o mundo real. Essa doutrina cai por terra juntamente com a doutrina de uma explicação última. Na segunda concepção, o cientista pode ter