Teoria humanista
2006; Messias, 2006), situando-o no conjunto de outros sentidos possíveis para essa expressão. O texto parte de uma caracterização da fenomenologia como abordagem de pensamento, articula as concepções de psicologia fenomenológica, concentra-se no modelo praticado no contexto da psicologia humanista e termina com breves sugestões acerca dos passos da pesquisa e da prática profissional. No fim do séc. XIX e começo do séc. XX,
Edmund Husserl, fundador do movimento fenomenológico, tinha diante de si duas respostas para a questão dos caminhos do conhecimento (Husserl, 1954/2004,
1920/2005). A ciência ficava limitada ao âmbito permitido por seu método, o âmbito do empírico, do positivo, do imediatamente verificável. A questão do significado da realidade ou do sentido do mundo ficava fora do método científico.
Diante da filosofia, algo parecido foi acontecendo. Que caminho é esse, então? É o da consideração da experiência em si mesma, independentemente dos juízos de realidade ou de valor que espontaneamente somos levados a fazer. Trata-se do aparecer das coisas.
Na fenomenologia essa volta seria muito mais à consciência como ato do que à consciência como lugar. Se nos instalarmos no interior do pensamento e tentarmos deduzir daí o mundo como realidade externa, jamais o conseguiremos. É do mundo vivido que nascem nossos pensamentos. Não se trata da natureza enquanto realidade objetiva (estudada pela ciência positivista), mas do mundo que se dá na relação, que se mostra como fenômeno primeiro e que pode ser depois elaborado no pensamento. A natureza enquanto realidade objetiva é uma abstração a partir do mundo vivido. Esse mundo é o