TEORIA DOS SIGNOS
No inicio do capítulo encontramos dois textos que tem como objetivo destacar os signos, que é o assunto que José Luiz Fiorin destaca neste capítulo.
Através do primeiro texto, Fiorin destaca que a realidade só tem existência para os homens quando é nomeada. Os signos, portanto, são formas de compreender a realidade. Antigamente pensavam nos signos como etiquetas que são colocadas nas coisas, por exemplo: Poderíamos facilmente mostrar um livro quando quiséssemos falar a respeito dele ou apontar para o sol quando quiséssemos falar do sol. Porém, esse sistema não pode funcionar porque o objeto não designa tudo o que uma língua pode expressar.
A atividade linguística é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos e esses conceitos ordenam a realidade, categorizam o mundo. Criamos novas palavras que, muitas vezes, parecem ter o mesmo significado, mas não o tem. Isso ocorre porque essas palavras surgem para nos referirmos a novas realidades. Podemos utilizar o exemplo citado por Fiorin: Apagar uma coisa no computador é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis, à máquina ou à caneta. Por isso, surge uma nova palavra para designar essa nova realidade, deletar.
As palavras não dependem do que elas nomeiam por isso cada língua pode categorizar o mundo de forma diversa.
- COMPOSIÇÃO E VALOR DOS SIGNOS
Saussure diz que o signo linguístico não une um nome a uma coisa, mas um conceito a uma imagem acústica. Assim, o signo não é um conjunto de sons, cujo significado são as coisas do mundo. O signo é a união de um conceito com uma imagem acústica, que não é o som material, físico, mas a impressão psíquica dos sons, perceptível quando pensamos numa palavra, mas não a falamos.
Saussure chama, então, o conceito de significado e a imagem acústica de significante. Não existe significante sem significado; nem significado sem significante. Ele também cria a noção de valor: