TEORIA DO TEXTO EM VERSO
Módulo 2 - Atividade Supervisionada
Disciplina: Teoria do Texto em Verso
Município:_TOLEDO_____________________________________________________________
Alunos
MATRÍCULA
NOME
60094
ANGELA MARIA CALÇA
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Produção textual com, no mínimo dez e, no máximo quinze linhas.
Interprete a estrofe inicial do Hino Nacional Brasileiro e identifique diferentes recursos poéticos aí presentes:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
(Hino Nacional, Joaquim Osório Duque Estrada)
O sujeito de "ouvir", ou seja, o termo que ouviu o brado, é "as margens plácidas". Os versos não estão na ordem direta, por isso o sujeito não é prontamente identificado. Mas, na ordem direta, fica mais fácil saber quem ouviu: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico". O Hino Nacional é uma expressão artística, poética, por isso usa e abusa da linguagem conotativa, que é metafórica, figurativa. O autor da letra do hino, Joaquim Osório Duque Estrada, quis com esses versos dizer que o grito de independência dado por dom Pedro I ecoou às margens do Ipiranga. Mas, em vez de uma linguagem objetiva, empregou uma simbólica, própria da poesia. Um verso interessante, em termos de análise, é "E o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da Pátria nesse instante". O adjetivo “fúlgido”, de uso raro, veio do latim “fulgidus”, o mesmo que fulgente, brilhante. O verso informa, portanto, que a nossa Independência brilhou com intensidade. O demonstrativo "esse" indica passado. "Este", presente. Duque Estrada escreveu a letra em 1909, 87 anos depois da Independência. Ou seja, estava relatando um fato passado. Por isso acertou ao empregar "nesse instante".