Teoria do suicidio
O Suicídio foi um dos pilares no campo da sociologia. Escrito pelo sociólogo francês Émile Durkheim e publicado em 1897, foi um estudo de caso de um suicídio, publicação única em sua época, que trouxe um exemplo de como uma monografia sociológica deveria ser escrita.
Dado que o suicídio afecta todos os aspectos da vida humana, ele deve ser estudado levando-se em conta os componentes físicos, sociais, mentais etc. e que, em consequência, obedece a uma causação múltipla. A cada um desses componentes corresponde um ângulo de análise, e a cada ângulo, uma definição patológica, sociológica, moral, filosófica etc. Estas não devem ser necessariamente contraditórias, mas complementares. (Silva, 1986). O objectivo da elaboração desse trabalho é analisar o tema segundo os pressupostos sociológicos.
2. CONCEITO
Suicídio (do latim sui, "próprio", e caedere, "matar") é o ato intencional de matar a si mesmo. Sua causa mais comum é um transtorno mental que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um factor significativo.
De um modo geral, define-se suicídio como a acção pela qual alguém põe intencionalmente termo à própria vida. É um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas.
No ponto de vista sociológico, o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas (desorganizadas) em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis. Para Émile Durkheim, a causa do suicídio só pode ser sociológica. Durkheim diferenciou três tipos de suicídio:
Suicídio egoísta
O egoísmo é um estado onde os laços entre o indivíduo e os outros na sociedade são fracos. Uma vez que o indivíduo está fracamente ligado à sociedade, terminar sua vida terá pouco impacto no resto da sociedade. Em outras palavras, existem poucos laços