No conto “Teoria do Medalhão”, escrito por Machado de Assis e que faz parte do livro Papéis Avulsos, encontramos o diálogo após o jantar de comemoração dos 21 anos do filho nascido em 05 de agosto de 1854, ou seja, o dia da maioridade, do filho. A conversa começa as 11 horas. O pai pede para o filho deixar de denguices e fechar a porta para que tenham uma conversa sincera na qual falará de coisas importantes, então começa a elaborar as possibilidades do filho, nelas ele coloca algumas apólices, um diploma, e com isso o filho Janjão pode entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Mostrando as carreiras que ele poderá seguir. Mas enfatiza que, qualquer que seja a profissão da escolha do filho, o pai deseja que ele se faça grande e ilustre, ou pelo menos notável, que se levantes acima da obscuridade comum. O filho concorda com as acepções do pai e questiona que tipo de profissão ele aconselha. Sendo assim é aconselhado a ser medalhão, que teria sido o desejo do pai na mocidade e que não teve quem lhe orientasse e vai depositar no filho a esperança que este consiga. Janjão terá que conter os improvisos da idade para que quando chegar aos 45 anos possa entrar no regime do aprumo e do compasso. Ele questiona do pai porquê a idade de 45 anos, que lhe explica que o verdadeiro medalhão começa a manifestar-se entre os 45 e 50 anos, alguns exemplos se dão entre os 55 e os 60; mas estes são raros. Há também de os 45, e outros mais precoces, de 35 e de 30; não são, todavia, vulgares. Diz não falar dos de 20 e 25, porque os mais jovens é um privilégio do gênio. Mas para ser medalhão deve-se ter cuidado com as idéias e o melhor é não tê-las, e se tivê-las é melhor escondê-las até a morte, o que não é exercício fácil, mas o filho é pobre de idéias e serve para o ofício. Se com a idade, surgirem idéias próprias, há meios para aparelhar o espírito e livrar-se delas e assim, enumera alguns desses meios para que