Teoria do Conhecimento
A teoria do conhecimento surge na Grécia, com a passagem do mundo tribal à polis e o conseqüente surgimento da razão, da escrita, da moeda, dos legisladores e dos filósofos.
Períodos da atividade filosófica grega
1. Pré-socrático (sec. VII a VI ac.): nas colônias gregas, com a substituição da cosmogonia pela cosmologia e pela separação entre mito e filosofia
Os principais expoentes foram Heráclito (tudo flui) e Parmênides (o ser é imutável, buscando uma identidade entre o ser e o pensar).
Quanto à Filosofia do Direito, suas principais discussões giram em torno da oposição entre “nomos” (lei da sociedade que se legitima pela ação legislativa humana) e “phýsis” (natureza ou ordem imutável do mundo físico ou real), tanto na corrente sofística naturalista (s. V a IV a.c); quanto no pensamento sobre a ética, o direito e a punição em Platão e na relação entre equidade e lei conforme Aristóteles.
Os sofistas (Protágoras, Górgias, Hípias e Transímaco) eram cultos e bons oradores e se utilizavam da retórica para preparar os novos dirigentes para a democracia ateniense, ensinando a arte e a técnica política. São conhecidos pelos livros de seus opositores, em especial, pelos diálogos de Platão.
Eram individualistas, subjetivistas e negavam a ciência, entendendo que cada um tem o seu modo de ver. Daí pregavam o caráter relativo da justiça e do Direito, que seriam contingentes e de expressão convencional.
A expressão de Protágoras de que “o homem é a medida de todas as coisas” supõe um Direito que reúne princípios eternos, imutáveis e universais, porque fundado na natureza humana.
Platão, Protágoras 337c; 483c-d; 483a; 491e-492c
Antifontes, Fragmentos A e B
2. Socrático ou clássico (sec. V a IV ac.): Surge em Atenas, no período de Péricles, e se caracteriza pela busca do pensamento organizado e sistematizado e traz um enfoque mais antropológico, político e moral.
Seu primeiro expoente é Sócrates (469-399ac -