Teoria do conhecimento
“A Teoria do Conhecimento pode ser definida como a investigação do conhecimento verdadeiro. Neste sentido podemos dizer que existem tantas teorias do conhecimento quantos foram os filósofos que se preocuparam com o problema, pois é impossível constatar uma coincidência total de concepções mesmo entre filósofos que habitualmente são classificados dentro de uma mesma escola ou corrente. Dentre as principais questões tematizadas na teoria do conhecimento podemos citar: as fontes primeiras de todo conhecimento ou o ponto de partida; o processo que faz com que os dados se transformem em juízos ou afirmações acerca de algo; a maneira como é considerada a atividade do sujeito frente ao objeto a ser conhecido; o âmbito do que pode ser conhecido segundo as regras de verdade, etc.” LEOPOLDO E SILVA, Franklin. Teoria do Conhecimento. In: MORA DE OLIVEIRA, Armando et. A Primeira Filosofia. Tópicos de filosofia geral, pg. 175.
Cada teoria do conhecimento constitui, portanto, uma reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o valor do conhecimento. Foi somente a partir da Idade Moderna que a teoria do conhecimento passou a ser tratada como uma das disciplinas centrais da filosofia. Nesse seu processo de valorização colaboraram, de forma decisiva, as obras do filósofo francês René Descartes (1596-1650), do filósofo inglês John Locke (1632-1704) e do filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).
SUJEITO E OBJETO: Elementos do processo de conhecer
O que é, afinal, conhecer? Conforme analisa o filósofo norte-americano contemporâneo Richard Rorty, na concepção de grande parte dos filósofos, “conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente”. É a interpretação de que o conhecimento é representação, isto é, uma “imagem” ou “reprodução” mental da coisa conhecida. Assim de acordo com a noção representacionista do conhecimento, quando conhecemos, por