Teorias do conhecimento
O conhecimento envolve dois problemas fundamentais: qual a origem das nossas ideias e como se processa o conhecimento que com elas formamos, ou seja, o problema da origem do conhecimento e o problema da possibilidade do conhecimento, que consiste em saber se podemos atingir a verdade e a certeza ou se temos de nos contentar com uma representação da realidade que está mais ou menos longe de ser absolutamente verdadeira, ou seja, o alcance, os limites e validade do conhecimento.
Conhecemos a realidade tal como é em si mesma ou o nosso conhecimento é à nossa medida, moldado pelo modo como o sujeito é constituído?
Podemos primeiro perceber o é o conhecimento para perceber de onde vem a sua origem e quais as suas possibilidades.
Conhecimento é a forma como elaboramos mentalmente a representação da realidade (representação essa que visa ser coerente com a realidade em si), é uma representação interna e simbólica por parte do sujeito, relativamente ao objeto. Assim, por vezes, temos perspetivas diferentes sobre uma mesma realidade, que não são conciliáveis, pois estas dependem do estado de espírito do sujeito e das suas experiências de vida, que modificam a maneira como este encara certos aspetos da realidade.
Depende apenas de dois elementos, sujeito e objeto. Entre estes é necessário que haja um contacto direto, verdadeiro, puro e original, para que possamos conhecer o objeto na sua verdadeira essência. Assim, conhecer não significa penas ter noção de algo, implica conseguir descrevê-lo (para vermos o que realmente comporta), calculá-lo (para o comprovar), e por vezes, prevê-lo dentro de certos limites.
Assim, a relação entre estes dois elementos dar-nos-á uma visão da realidade, que irá inevitavelmente, ser modificada ao longo dos tempos, pois vão sendo criadas/descobertas novas formas de ver determinado objeto. Uma vez que o conhecimento é algo cuja evolução é inevitável, podemos dizer que é uma construção,