Teoria do Conhecimento Cientifico
(Campus Taquaral – Piracicaba) - ensino superior
Larissa Regina Sass
PROVA DE T.C.C. II
Trabalho apresentado á disciplina de T.C.C. II, no
3º Semestre de Ensino Superior de Psicologia-Diurno, sob orientação do Professor José Lima.
PIRACICABA
2015
1- Apresente por escrito duas convergências e duas divergências entre Hegel e Marx sobre o conhecimento.
Para a construção do conhecimento necessita-se de desconfiança em relação a si mesma e também de autoconfiança, em que a dialética, na concepção de Marx, pode contribuir para a satisfação de cada. A contribuição para desconfiança vem pela ligação com o conceito de ideologia: a distorção ideológica pode ser tão sutil que eu não a perceba infiltrar-se em meu ponto de vista, em minhas razões, em minha ciência, em minhas intuições. A contribuição para a autoconfiança vem pela ligação com o conceito de práxis, a atividade do sujeito que de algum modo aproveita algum conhecimento ao interferir no mundo, transformando-o e se transformando a si mesmo. Cabe à dialética, em Marx, articular a crítica das ideologias à práxis. O conceito de práxis é decisivo na distinção entre a dialética de Marx e a do seu mestre, Hegel. É verdade que em ambos a dialética se funda como uma ontologia e não como uma teoria do conhecimento. O que conta, para os dois, é o movimento do ser, suas contradições. No entanto, eles divergem na compreensão desse ser que se move e no entendimento de qual possa ser a sua relação com o conhecimento. Para Hegel, ou o conhecimento expressa o ser e o ilustra, ou então se afasta do ser, torna-se mero equívoco e não interessa. Para Marx, os homens, sujeitos da práxis, se servem daquilo que conhecem ou julgam conhecer. Hegel admitia que no movimento do ser havia um momento necessário em que aparecia a liberdade, o sujeito humano manifestando seu poder de interpretar o real e tomar iniciativas; esse poder, contudo, acabava sendo bastante