Teoria das organizações
Neste capítulo do livro o autor Omar Aktouf contesta os abusos conceituais e aborda o modismo da utilização do termo cultura organizacional nas organizações. O termo cultura de empresa ou cultura organizacional começou a ser utilizado do final da década de 70 e desde então esta corrente da teoria da gestão continuou a se afirmar e crescer. Atualmente é alvo de constantes pesquisas, estudos, publicações sobre o assunto. Muitas empresas dizem possuir uma cultura organizacional confundindo o real significado do termo e de suas ramificações como cultura, mitos e símbolos. A cultura designa de fatos concretos vividos e representações, símbolos. Assim sendo a cultura organizacional não é somente um processo de gerenciamento, mas sim um conjunto de práticas sociais materiais-imateriais. Somente os diálogos, os discursos dos dirigentes de nada servem sem o aspecto vivido pelo funcionário no dia-a-dia da empresa.
A corrente dominante (main stream) é uma rede de autores e pensadores da cultura da empresa. Para estes autores os mitos, símbolos, heróis, modelos, são elementos que formam a cultura de uma empresa e imprimem os seus valores.
Segundo Elliot Jaques, a cultura de uma empresa é um modo habitual de agir e pensar, que pode ser aprendido e aceito, que pode ser compartilhado entre os funcionários. Mas a cultura vai além, ela é adquirida nas estruturas sociais, nas experiências vividas e não pode ser tratada como um fator isolado que pode ser medido, tratado ou construído.
A intenção do autor é nos alertar através dos argumentos que muitas organizações não têm o costume de respeitar os seus funcionários da maneira que deveriam, como está definido e descrito em suas missões e objetivos, ou seja, as normas as crenças e valores que são definidos não são colocados em prática e o termo cultura organizacional passa a ser abusivo, tornando-se um modismo pelo uso inadequado feito pelas